sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Morro da babilônia


Morro da babilônia (Carlos Drummond de Andrade)

À noite, do morro
descem vozes que criam o terror
(terror urbano, cinquenta por cento de cinema,
e o resto que veio de Luanda ou se perdeu na língua
geral).

Quando houve revolução, os soldados se
Espalharam no morro,
O quartel pegou fogo, eles não voltaram.
Alguns, chumbados, morreram.
O morro ficou mais encantado.

Mas as vozes do morro
Não são propriamente lúgubres.
Há mesmo um cavaquinho bem afinado
que domina os ruídos da pedra e da folhagem
e desce até nós, modesto e recreativo,
como uma gentileza do morro.

Interpretação: 
O poema fala que a noite no morro tem vários perigos onde vozes (gritos) apavoram todos, isso acontece quando cinqüenta por cento  é quando pessoas saem do cinema e os outros cinquenta são por estrangeiros que ali visitam. Quando teve a revolução no morro, todos se espalharam para uma batalha de poder, ocorrendo mortes. A batalha acabou e o morro ficou mais encantado porque as vozes do morro não se calam porque vai ter sempre um cavaquinho para afastar os ruídos que ali tanto os perturbava mostrando sempre a gentileza  e compartilhando alegria.

(Alunas: Fernanda e Tainá).
   

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