Morro da babilônia (Carlos Drummond
de Andrade)
À noite, do morro
descem vozes que criam o terror
(terror urbano, cinquenta por cento de cinema,
e o resto que veio de Luanda ou se perdeu na língua
geral).
Quando houve revolução, os soldados se
Espalharam no morro,
O quartel pegou fogo, eles não voltaram.
Alguns, chumbados, morreram.
O morro ficou mais encantado.
Mas as vozes do morro
Não são propriamente lúgubres.
Há mesmo um cavaquinho bem afinado
que domina os ruídos da pedra e da folhagem
e desce até nós, modesto e recreativo,
como uma gentileza do morro.
Interpretação:
O poema fala
que a noite no morro tem vários perigos onde vozes (gritos) apavoram todos,
isso acontece quando cinqüenta por cento
é quando pessoas saem do cinema e os outros cinquenta são por
estrangeiros que ali visitam. Quando teve a revolução no morro, todos se
espalharam para uma batalha de poder, ocorrendo mortes. A batalha acabou e o
morro ficou mais encantado porque as vozes do morro não se calam porque vai
ter sempre um cavaquinho para afastar os ruídos que ali tanto os perturbava mostrando
sempre a gentileza e compartilhando
alegria.
(Alunas: Fernanda e Tainá).
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