Mãos Dadas
Não serei
o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei
o cantor de uma mulher, de uma história
Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida
Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida
Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é
a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes
A vida presente.
A vida presente.
Interpretação
Nesse poema, podemos perceber que o eu lírico não
acredita que o mundo seja capaz de absorver seus poemas, os quais ele considera
muito mais que simples palavras, a ponto de identificá-la como uma canção.
Nota-se também que não há um apego material da parte do eu lírico, pelo
contrário, ele valoriza seus companheiros e o tempo presente.
(Alunas: Letícia, Viviane Teodoro e Raquel).
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